O Blog Mundo de Cão recomenda a todos os seus leitores e amigos a Escola de Treino Canino It’s All About Dogs .

A It’s All About Dogs tem as suas instalações em Santa Maria da Feira mas oferece os seus serviços ao domicilio no Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Espinho, Ovar, Santa Maria de Feira, São João da Madeira e arredores.

Para mais informações consulte o site da escola www.itsallaboutdogs.org e a sua pagina no Facebook 

Bons Treinos


Os olhos dela encontraram os meus enquanto ela caminha pelo corridor
E olhava apreensivamente
Para dentro dos canis.
Eu senti a necessidade dela imeditamente, e soube logo ali que tinha que a ajudar
Abanei a minha cauda, não muito de força
Para que ela não tivesse medo.

Assim que ela parou em frente ao meu canil
Eu tapei a vista dum pequeno “acidente” que eu tinha tido
Na parte de trás do meu canil
Eu não queria que ela soubesse que eu ainda não tinha sido passeado hoje
Às vezes os voluntários do canil estão muito ocupados
E eu não queria que ela pensasse mal deles…

Enquanto ela lia o papel que estava preso na porta do meu canil
Eu esperei que ela não tivesse pena do meu passado
Porque eu apenas tinha o futuro para onde olhar
E queria fazer a diferença na vida de alguém

Ela ajoelhou-se e fez uns barulhinhos de beijinhos na minha direcção
Eu encostei a minha cabeça e o meu ombro
Às grades para confortá-la
Os dedos dela acariciaram o meu pescoço
… ela estava desesperada por um amigo

Uma lágrima caiu pela sua face e eu levantei a minha pata
Para assegurá-la que tudo ia ficar bem
De reptente a porta do meu canil abriu e o sorriso dela
Foi tão radiante que eu automaticamente saltei-lhe para os braços.
Prometi protegê-la
Prometi estar sempre do lado dela
Prometi fazer tudo o que pdia
Para ver aquele sorriso radiante e aquele brilho nos olhos dela
Tive tanta sorte que ela veio pelo meu corredor
Existem tantos que precisam de ser salvos
Pelo menos consegui salvar um

Hoje salvei uma pessoa….

Treinar para Competir

Dezembro 19, 2010

Este artigo foi traduzido do artigo Training for Competition escrito por Fanny Gott e retirado do seu blog Fanny’s Clicker Dog Blog


Ensinar os exercícios de obediência de competição pode ser por vezes complicado, mas o verdadeiro desafio é fazer com que o cão os execute tão bem em prova como nos treinos. Eu diria que cinquenta por cento do treino deveria ser preparar o cão para competir ao invés de trabalhar consecutivamente nos detalhes da execução dos exercícios. Existem diversos factores que tornam competir num desafio muito maior do que treinar, e o primeiro passo é identificar esses factores.

Aqui ficam alguns factores que eu acho que tornam tudo tão diferente:

Ausência de reforço:

Este é provavelmente o ponto mais importante. Nós adoramos recompensar os nossos cães e fazemos isso com muita frequência durante os treinos. Numa prova, o cão tem que trabalhar por períodos de sensivelmente 15 minutos sem nenhum reforço (comida ou brinquedos). A maior parte dos cães rapidamente percebem a diferença entre treinar e competir, é nesse momento que lhes começamos a chamar “ring wise”. Começe a fazer com que o seu cão execute mais do que um comportamento antes de ser reforçado desde cedo e vá aumentado o tempo e o esforço que ele tem que fazer entre recompensas gradualmente. O ideal é o seu cão estar habituado a trabalhar por períodos de tempo maiores do que aqueles que acontecem numa prova.

Ausência de sequencia:

Isto está directamente relacionado com a falta de reforço, mas levanta outro problema. Fazer vários exercícios seguidos sem reforço entre eles levanta problemas que nunca vamos ver se trabalharmos um exercício de cada vez. O resultado disto é quando vamos a uma prova e não percebemos porque é que o cão cometeu um erro – “isto nunca aconteceu durante os treinos”. Tenha a certeza que experimenta todos os exercícios numa sequência com outros exercícios antes dela. Tome nota de qualquer erro que aconteça e tente resolvê-lo antes de tentar essa sequência novamente.

Divisão de responsabilidade:

Quando treino, considero sempre o que quero que sejam as minhas responsabilidades e que responsabilidades coloco no cão. No final, tudo o que acontece é minha responsabilidade mas, eu preciso de treinar o meu cão para gerir uma quantidade grande de coisas. Eu não posso fazer tudo pelo meu cão numa prova, mas, muitos treinadores continuam a assumir toda a responsabilidade durante o treino. Eles estão sempre a ajudar o cão e nunca ensinam o cão a ser uma parte activa no treino. Quando treino os meus cães tenho sempre a divisão de responsabilidade que pretendo em mente.

A coisa mais importante é que eu nunca peço ao meu cão para trabalhar comigo. O meu cão tem que me pedir para trabalhar com ele. Eu não lhe peço para olhar para mim ou vir para a posição de “heel”. O cão tem que ter assumir a responsabilidade destas coisas se quer trabalhar comigo. Um treinador que está sempre a pedir ao seu cão para trabalhar, independentemente se o faz com “lures”, comandos ou correcções está a criar um cão mole que sabe que pode fazer outras coisas durante o treino (olhar para o que o rodeia, cheirar, perder o “focus” ) porque o condutor vai sempre dizer-lhe quando é que é importante que ele esteja atento e focado.

Tenha consigo sempre recompensas que o seu cão adore, e ensine-o a “implorar” por elas. Deixe o seu cão pedir activamente para trabalhar consigo e recompense-o por ele tomar a iniciativa.

Distracções e ambientes novos:

Claro que distracções podem fazer uma grande diferença entre treinar e competir. Tenha a certeza que inclui tudo o que possa importuna-lo a si ou o seu cão no treino.

Antes, durante e após os exercícios:

A maior parte das pessoas apenas treina os exercidos e nunca pensa em tudo o que acontece durante uma prova. Muitos cães e condutores não sabem o que fazer entre os exercícios, ou como entrar no ring para começar de uma boa forma, o que vai causar com que o cão perca o focus. Tenha a certeza que inclui o ritual de entrar no ring e as movimentações entre exercícios no seu treino.

Aquecer aqui, executar ali:

A maioria dos cães trabalha bem desde que tenha visto o sítio onde vai realizar os exercícios e tenha sido recompensado algumas vezes nesse sítio. Numa prova, você precisa de “aquecer” o seu cão longe do ring e depois estar pronto para entrar para um sítio novo e executar os exercícios imediatamente. Tenha a certeza que pratica isto regularmente durante os treinos. “Aqueça” por exemplo o seu cão no parque de estacionamento e depois entre num relvado para executar os exercícios ou “aqueça” numa parte do campo de treino e execute os exercidos noutra e deixe o seu cão segui-lo durante um pouco antes de o recompensar.

Não peça ao seu cão para se mover consigo, recompense-o se ele escolher faze-lo (e se ele não o fizer, avalie a vontade que o seu cão tem de trabalhar pela recompensa e pense quantas vezes ele pede para trabalhar vs você lhe pede para trabalhar). Gradualmente aumente o tempo que o seu cão tem de trabalhar no “ring” antes de você o recompensar, mas nem sempre o torne difícil. Surpreenda o seu cão com uma recompensa pouco tempo após iniciar de vez em quando.

A coisa mais importante a lembrar é que devemos treinar o nosso cão para provas e não apenas para os exercícios. Faça com que os seus treinos se pareçam o mais possível com provas e treine o seu cão a um nível em que os exercidos numa prova pareçam fáceis e faça com que o cão esteja acostumado a trabalhar por períodos de tempo superiores aos de uma prova sem recompensas. E não se esqueça de fazer com que o seu cão se sinta como um campeão no fim de cada prova ou de cada treino. Deve sempre existir uma grande recompensa para o cão no final.

O que é o Clicker ?

O Clicker “clássico” é um pequeno instrumento em plástico com uma patilha em metal que quando pressionado emite um som. Este som assemelha-se a um click que é emitido sempre na mesma intensidade.

Hoje em dia apesar de menos usados já existem clickers electrónicos que emitem diversos tipos de sons, clickers que permitem regular a intensidade do click, trelas com clickers na pega, target sticks com clicker e por ai fora, todos eles inspirados no clicker clássico e têm basicamente a mesma função.

Para que serve o Clicker ?

O Clicker serve para marcar-mos comportamentos com precisão, ou seja, ao clickar-mos estamos a dizer ao cão: é exactamente isso que eu quero que tu faças.

Em pratica vamos pressionar a patilha metálica do clicker sempre que o cão efectue um comportamento que nos agrade e que queiramos ver repetido. Este som vai marcar um comportamento específico e nós vamos reforçar esse comportamento com uma recompensa que pode ir desde um pedaço de comida, atirar uma bola, um jogo de “tug” até a um passeio no exterior.

Com o clicker conseguimos comunicar de forma clara e eficaz com o cão e determinar com uma grande precisão qual o comportamento que vai ser recompensado.

O Clicker é muitas vezes confundido como algo que substitui a recompensa ou algo que serve para motivar o cão.

O Clicker nunca substitui a recompensa, sempre que pressionamos a patilha do clicker temos que recompensar o cão, se não o fizermos estamos a retirar significado ao clicker, ou seja, o som do clicker vai deixar de significar “é exactamente isso que eu quero que tu faças e por isso vais ser recompensado” para nada, para o cão ouvir o clicker vai ser o mesmo que ouvir um som qualquer sem significado nenhum.

O Clicker não serve para motivar o cão, o que motiva o cão é o tipo de treino que o uso do clicker proporciona.

Castigo Positivo é definido como a adição de algo que fará diminuir a frequência de um comportamento (isto pode ser qualquer coisa desde um simples “não”, até ao uso de punições físicas – uso de estranguladoras, impulsos eléctricos, palmadas, etc.)


Aqui estão algumas razoes pelas quais não deve utilizar castigo positivo com os seus cães.

– Sem o timing, intensidade e consistência perfeita a administração de um castigo positivo rapidamente se pode tornar em abuso.

– O cão aprende a evitar aquele que o pune de forma a poder praticar o comportamento indesejado.

– O uso de castigo positivo pode provocar danos emocionais irreversíveis para o cão e ou para o humano podendo mesmo chegar a haver mudanças irreversíveis no cérebro.

– O uso de castigo positivo esta cientificamente provado como algo que aumenta as hormonas que causam stress, excitabilidade e agressividade.

– Os animais habituam-se ao uso de castigo positivo, isto quer dizer que a sua intensidade terá sempre que ser aumentada.

– Não se pode fazer com que crianças, outros cães ou qualquer outra coisa se torne um reforço para um cão aplicando castigo positivo. Apenas se consegue suprimir comportamentos.

– O uso do castigo positivo faz com que os cães suprimam os seus sinais comunicativos como tal faz com que possam vir a morder sem avisar.

– Cães treinados com castigo positivo sentem-se aprisionados quando junto do seu dono porque sair de um “fica” ou sair do lado do dono pode resultar numa punição. Cães que acham que não podem escapar têm mais tendência a morder do que aqueles que se movem livremente.

– A punição pode na realidade aumentar o comportamento que se pretende extinguir uma vez que uma punição pode ser considerada pelo cão como atenção.

– Ao usar punições com o seu cão não existe forma de competir com outras coisas que aparecem no ambiente. O cão encontrara no ambiente, outros estímulos mais valiosos que o dono porque existe um historial de castigos vindos do mesmo.

– Cães que são punidos não oferecem comportamentos com tanta prontidão como tal é muito mais difícil ensinar-lhes obediência, desportos ou truques.

– Pessoas que usam castigo positivo, irão punir mais frequentemente no futuro por ser um reforço positivo para elas mesmas. Usar punições faz com que os nossos padrões comportamentais mudem em relação aos cães e mesmo em relação a outras pessoas. Algumas pessoas não conseguem parar de usar castigo positivo mesmo que queiram, vão precisar de ajuda para mudar o seu próprio comportamento.

A ascendencia do cão é o Lobo. Logo se existe o lobo “Alpha” logicamente que existe o cão “Alpha”. Mas será que existe mesmo o lobo “Alpha” ?

Bons Treinos

Quais as principais consequências do uso da teoria da dominância no relacionamento com os nossos cães?

O uso da teoria da dominância muda por completo a maneira como nos relacionamos com os nossos cães. Passa de uma relação de cooperação e respeito mútuo para um conflito constante. Passamos a ver tudo o que o cão faz como uma tentativa de mandar em nos, uma tentativa de ser o “alpha” da matilha.

Passa a existir uma desculpa constante para o uso de aversivos e deixamos de olhar para o comportamento real do cão e de o resolver. Deixa-mos de ver o nosso fiel amigo e passamos a ver um adversário constante que tenta a todo custo mandar em nós e no ambiente que o rodeia.

A partir do momento que aplicamos a teoria da dominância no relacionamento com o nosso cão tudo muda. Passamos a ter que comer primeiro que o nosso cão mesmo que não tenhamos absolutamente vontade nenhuma de o fazer, o cão deixa de poder subir para o sofá mesmo que adoremos ver um filme com o nosso cão ao nosso lado com a cabeça pousada nas nossas pernas, passamos a ter que passar primeiro nas portas mesmo que lá fora esteja a chover e não tenhamos interesse nenhum em ir para a chuva, passamos a tirar a ração do nosso cão durante a sua refeição mesmo que não tenhamos interesse nenhum na ração, é o deteriorar do prazer de estar na companhia do nosso cão sem preocupações e o começar a estar sempre a olhar por cima dos ombros não vá ele estar a tentar dominar-nos pelas costas.

Do ponto de vista comportamental é o desenvolver de vários tipos de problemas devido ao confronto constante e ao uso de aversivos. Por exemplo, agressividade por possessão devido a estarmos constantemente a retirar á força recursos que o cão acha valiosos ( comida, brinquedos, objectos, etc ), agressividade defensiva devido ao constante uso da força e de aversivos. Um caso comum é o cão morder o dono quando este tenta fazer-lhe uma festa, ele não está a tentar dominar o dono, apenas se defendeu da aproximação da mão pois a maior parte das vezes este gesto antecipa uma punição.

Deixem de vez esta teoria obsoleta e sem nenhuma validade cientifica para trás e desfrutem da companhia dos vossos cães sem teorias e sem dominância!

Bons Treinos

Um cão a sério !

Agosto 22, 2010


Algumas vezes em tom de brincadeira dizemos que certos cães não são cães a serio devido ao seu tamanho, mas descobri recentemente que existe mesmo uma medida e um peso para o cão ser considerado um cão a serio.

Um cão a serio tem que ter pelo menos 65cm e pesar mais de 40Kg !

Quem sou eu para por esta magnifica formula em causa visto que quem o disse eu presumo que seja alguém altamente certificada e com vários anos de experiência não só no treino canino mas também de veterinária, comportamento e nutrição dado as sábias respostas que este “senhor” dá a todos os que precisam de ajuda com os seus animais e recorrem a um desses fabulosos fóruns de discussão nacionais.

Claro que depois de ler a formula fiquei destroçado, nenhum dos meus cães é um cão a sério … nem o meu Border Collie nem a minha PittBull escaparam á cruel formula!

Se julga que tem um cão a serio não se esqueça de o medir e pesar pois pode-se estar a enganar a si próprio,

É cada caramelo !

Bons Treinos

P.S.: Troco Border Collie + Pittbull por um São Bernardo

Walt Disney vs B.F.Skinner

Março 14, 2010

“Um cão foi castigado sempre que foi apanhado a roer a mobília, Agora o cão evita roer a mobília quando o dono está em casa mas torna-se destrutivo quando esta só. Quando o dono chega a casa e vê os estragos, o cão encolhe-se, põem as orelhas para traz e a cabeça para baixo.

Visão do Walt Disney:

O cão aprendeu que por causa dos castigos que roer a mobília é errado. O cão não gosta de ficar sozinho em casa, e para se vingar do dono, roí a mobília quando este o deixa. Por outras palavras ele deliberadamente faz algo que sabe que é errado. Quando o dono chega a casa o cão sente-se culpado pelo que fez.

Visão de B.F.Skinner:

O cão aprende que roer a mobília é perigoso quando o dono está por presente mas seguro quando o dono está ausente. O cão fica ansioso quando deixado só e sente-se melhor quando roí. Também o ajuda a passar o tempo. Mais tarde, quando o dono chega a casa, o cão envia sinais de apaziguamento numa tentativa de evitar o tratamento duro e punitivo que ele aprendeu que acontece quando o dono chega a casa. Á chegada do dono a casa tornou-se um sinal. O cão sabe que vai ser castigado, mas não sabe porque.

Não à duvida que a segunda visão é a correcta. A questão não é mais qual das interpretações é a verdadeira mas sim porque é que ainda existem pessoas que discutem esta questão.”

“The Culture Clash” 1996 Jean Donaldson

Não tenho muito a acrescentar sobre este assunto senão recomendar a todos os donos de cães a leitura deste livro.

Bons Treinos

Click & Play : Agility

Março 7, 2010

O livro “Click & Play : Agility” de Angélica Steinker vai estar disponível gratuitamente no blog de Steve Schwarz : Agility Nerd .


No inicio de cada mês será disponibilizado para download em formato PDF um capitulo do livro, neste momento ja se encontra disponivel para download a introdução e o primeiro capitulo.

Podem fazer o download no seguinte link : http://agilitynerd.com/blog/agility/publications/ClickAndPlayAgility.html

Aproveitem e bons treinos !

<!–[if gte mso 9]> Normal 0 21 false false false PT X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 <![endif]–><!–[if gte mso 9]> <![endif]–> <!–[endif]–>aquí